Dados
apontam que acidentes ou lesões são as principais causas de morte em crianças
de um a 14 anos no Brasil
Crianças e idosos precisam, naturalmente, de mais
cuidados e atenção que qualquer outra pessoa. Dentro do ambiente doméstico, que
deveria ser o mais seguro, há diversas possibilidades de acidentes e, por ser
algo imprevisto, é necessário tomar os devidos cuidados para evitar quaisquer
tipos de acidentes, desde a ingestão de medicamentos e produtos de limpeza, à
quedas e afogamento.
Dados do Ministério da Saúde apontam que os acidentes ou
lesões não intencionais são as principais causas de morte em crianças de um a
14 anos no Brasil, uma média de mais de 5 mil mortes infantis e 110 mil
hospitalizações. Segundo o ortopedista do Hapvida, Luciano Lira, é necessário
mudar alguns comportamentos para prevenir esses problemas. “No caso da criança,
dependendo do seu grau de aprendizado e conhecimento, devemos sempre avisá-los
dos riscos, como correr dentro de casa, principalmente na área da cozinha, e
evitar que ela exerça algum serviço doméstico de autonomia do adulto”, explica.
De acordo com o ortopedista, a situação dos idosos também
requer atenção redobrada, já que o envelhecimento causa algumas limitações, o
que torna o ambiente doméstico ainda mais perigoso. “É preciso evitar a mudança
da posição dos móveis da casa, pois esse hábito poderá se transformar em um obstáculo
ao idoso”, orienta.
Índices do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que um
terço dos atendimentos por lesões traumáticas são com pessoas com mais de 60
anos, sendo que 75% desses acidentes aconteceram no ambiente doméstico, com
fraturas em 34%. Ao contrário das crianças, o processo de recuperação do idoso
é mais lento, podendo deixá-lo de repouso por meses.
“Naturalmente os idosos já têm um estado geral mais
debilitado que as crianças, pois além de acidentes, eles, na maioria das vezes,
possuem uma doença de base associada, como diabetes e problemas cardíacos, além
de um metabolismo mais lento”, afirma o ortopedista, Luciano Lira
.
Primeiros socorros
Ao presenciar um acidente algumas pessoas têm o hábito de
movimentar a vítima e socorrê-la sem o auxílio dos profissionais. No entanto, é
necessário ter cuidado, pois isso pode causar traumas maiores. De acordo com o
ortopedista do Hapvida, Luciano Lira, os primeiros socorros variam de acordo
com o tipo e a gravidade do acidente, mas o ideal é não movimentar a vítima se
não tiver certeza de que o procedimento está sendo feito corretamente.
Fonte: New Pubb